Essa é minha participação para a proposta Escrevendo às quintas, proposta pelo Marcos.
Tema de hoje:
Você recebe uma carta dizendo: "Estamos informando sobre sua morte iminente. Ela ocorrerá em tal dia."Qual seria o protagonista de uma história com, no máximo, 350 palavras (se possível) nessa situação?
Brincadeiras à parte
A secretária como de costume, recolhia a correspondência e a entregava para todos os membros daquele escritório.
Uma a uma eram recebidas e abertas.
Mas Mercedes, carinhosamente chamada de Mercê, andava tão atarefada que deixou as dela de lado.E eram tantas, entre boletos e memorandos...
Após uma semana muito corrida,tudo parecia normal, quando à cata de documentos para um cliente, deparou-se com a pilha não lida, já acumulada com outras mais novas correspondências.
Uma chamou sua atenção...
Era um envelope banco ,com frisos pretos e seu nome estava escrito com tinta vermelha, bem borrada.
Curiosa, abriu essa em primeiro lugar e viu o conteúdo. Era um sutil alerta que seu último dia de vida seria dia 09 de setembro.
Ao ler, arrepiou...
Nunca esperaria uma brincadeira assim pois era advogada e seu escritório bem conceituado e muito sério.
Olhou no celular para verificar a data em que lia...
Ora, já era outubro e bem faceira, trabalhava e lia aquela baboseira!
Morrer eu?Estou sem tempo!-pensava Mercê!
Ao longe, em outra sala, percebeu estagiários desapontados... Teriam sido eles?
Nunca saberia e não pretendia tempo perder para isso investigar!
Em todo caso, passou por eles tocando em seu corpo todo e fazendo um sinal nada sutil, mostrando que estava beeeeeeeeem viva!
E eles entenderam!!!
MERCÊ (des) Tino continuava não só viva, como poderosa e eles que se cuidassem!😉
Ela também sabia brincar!!!
beijos, chica
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Un microcuento fresquísimo, con mala leche y humor de oficina. Mercê, la abogada dura y ocupadísima, encuentra una semana tarde la típica “carta de la muerte” con ribete negro y fecha exacta. Cualquiera se habría cagado encima… pero ella mira el calendario, ve que ya pasó el día fatídico y suelta mentalmente un glorioso “¿morir yo? ¡No tengo tiempo, coño!”. Luego ve a los becarios con cara de funeral fallido y, en vez de montar el drama, pasa por delante tocándose los pechos y el trasero con descaro y cara de “aquí sigo, atontaos”. Es puro carácter: una tía que lleva el timón de la vida con mano firme, que no se deja intimidar ni por la Parca ni por cuatro niñatos con ganas de broma pesada. El final es un guiño feminista y macarra que te saca la carcajada y el aplauso.
ResponderExcluirSaludos!
Arriba esa autoestima, jajajá, bromas a Mercedes, ajjajaja.
ResponderExcluirUn besote , feliz tarde - noche.
Tudo é possível, mas esse fim geralmente tem outro tipo de anuncio.
ResponderExcluirO melhor é seguir enfrente e com energia, superando tudo.
Alegria para a Mercedes, ao comprobar que não era certo. Que brincadeira de mau gosto!
Grande abraço
Chica querida,
ResponderExcluirQue delícia de texto rsrs leve, espirituoso, cheio dessa “malandragem” boa que só tu sabes temperar. A carta anunciando a morte iminente, que em qualquer história poderia virar drama, contigo vira deboche, vira riso, vira Mercê sacudindo a poeira do destino e dizendo: “Morrer? Hoje não, estou ocupada!”
Adorei como criaste a personagem: essa advogada competente, atolada de trabalho, que só lembra de viver quando tropeça numa pilha de correspondências atrasadas. E justamente ali, naquele envelope branco com frisos pretos, surge o “aviso” que não chega a assustar apenas provoca nela um arrepio breve seguido de um humor irresistível. A vida é isso, né? Um susto rápido e uma boa gargalhada depois.
A melhor cena, para mim, é quando ela passa pelos estagiários, toda poderosa, tocando-se inteira como quem faz um “check-up performático”, avisando: “Olhem bem, meus filhos: vivíssima!” É visual, é cômico, é Chica pura.
No fim das contas, Mercê (des)Tino faz jus ao nome: dá uma banana simbólica para a morte e segue reinando, consciente de que brincar com a vida e com o destino também é uma forma de coragem.
Amei!
Beijos,
Nanda